Um estudo lançou nova luz sobre o modo de funcionamento do cérebro no autismo. Foi sugerido que há um excesso de sinapses em algumas partes dos cérebros das crianças autistas. No desenvolvimento saudável do cérebro, verifica-se uma explosão de sinapses muito cedo e depois inicia-se um processo de 'poda' (diminuição de sinapses), o que é necessário para assegurar que as diferentes áreas do cérebro desenvolvam funções específicas sem ficarem sobrecarregadas.
Uma equipa da U. de Columbia descobriu que nas idades jovens, o número de dendrites não difere muito entre crianças, mas os adolescentes com autismo possuem significativamente mais que aqueles sem autismo. Jovens saudáveis de 19 anos tinham 41% menos sinapses do que crianças pequenas saudáveis, mas os autistas no final da adolescência apresentavam apenas 16% menos do que as crianças pequenas com autismo.
«Mais não significa melhor quando se trata de sinapses, e a ´poda` é absolutamente essencial», afirmou Lisa Boulanger, uma bióloga molecular de Princeton. «Se fosse um crescimento excessivo, a expectativa é de que elas seriam diferentes desde o início, mas como a diferença de sinapses ocorre posteriormente, trata-se provavelmente da ´poda`».
A equipa de Sulzer também encontrou biomarcadores e proteínas nos cérebros com autismo, reflectindo mau funcionamento nos sistemas de remoção de células velhas e degradadas, um processo chamado autofagia.
«Eles mostram que esses marcadores de autofagia diminuem» nos cérebros afectados pelo autismo, afirmou Eric Klann, um professor de ciência neurológicas da Universidade de Nova Iorque. «Sem a autofagia, a ´poda` não pode ocorrer».
Estas descobertas são as mais recentes na área da pesquisa do autismo e está a atrair um interesse crescente. Há anos que os cientistas debatem se o autismo é um problema de cérebros com conectividade insuficiente ou excessiva, ou a sua combinação.
Ralph-Axel Müller, um neurocientista da Universidade Estadual de San Diego, disse que há crescente evidência de conectividade excessiva, inclusivamente a partir dos estudos de imagens do cérebro que conduziu.
«As deficiências que vemos no autismo parecem ocorrer em diferentes partes do cérebro, conversando demais umas com as outras», disse. «É preciso perder parte dessas conexões para um desenvolvimento ajustado do sistema das redes cerebrais, porque se todas as partes do cérebro conversarem com todas as partes do cérebro, só se obtém ruído, não comunicação», explicou.
Mais sinapses também criam oportunidade para ataques epilépticos, porque há sinais eléctricos em excesso a ser transmitidos no cérebro, prosseguiu Klann. Mais de um terço das pessoas com autismo tem epilepsia, acrescentou.
Fonte: Diário Digital
A equipa de Sulzer também encontrou biomarcadores e proteínas nos cérebros com autismo, reflectindo mau funcionamento nos sistemas de remoção de células velhas e degradadas, um processo chamado autofagia.
«Eles mostram que esses marcadores de autofagia diminuem» nos cérebros afectados pelo autismo, afirmou Eric Klann, um professor de ciência neurológicas da Universidade de Nova Iorque. «Sem a autofagia, a ´poda` não pode ocorrer».
Estas descobertas são as mais recentes na área da pesquisa do autismo e está a atrair um interesse crescente. Há anos que os cientistas debatem se o autismo é um problema de cérebros com conectividade insuficiente ou excessiva, ou a sua combinação.
Ralph-Axel Müller, um neurocientista da Universidade Estadual de San Diego, disse que há crescente evidência de conectividade excessiva, inclusivamente a partir dos estudos de imagens do cérebro que conduziu.
«As deficiências que vemos no autismo parecem ocorrer em diferentes partes do cérebro, conversando demais umas com as outras», disse. «É preciso perder parte dessas conexões para um desenvolvimento ajustado do sistema das redes cerebrais, porque se todas as partes do cérebro conversarem com todas as partes do cérebro, só se obtém ruído, não comunicação», explicou.
Mais sinapses também criam oportunidade para ataques epilépticos, porque há sinais eléctricos em excesso a ser transmitidos no cérebro, prosseguiu Klann. Mais de um terço das pessoas com autismo tem epilepsia, acrescentou.
Fonte: Diário Digital
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