Muito além de uma mera segunda opinião médica, pacientes cada vez mais bem informados estão modificando as relações médico-paciente.
Em contraste com a "ordens médicas" de outrora, hoje já se reconhece que os médicos não podem decidir sozinhos - o paciente precisa participar das discussões sobre os tratamentos.
Nesta série, compilada a partir de uma publicação feita originalmente pela revista britânica New Scientist, os próprios médicos falam sobre os procedimentos mais críticos e que devem ser evitados a todo custo.
I- Não deixe que seu médico lhe faça uma transfusão sangue... (desnecessariamente, é claro)
Vamos ser bem claros: não há dúvida de que as transfusões de sangue salvam vidas.
Mas elas também têm sido associadas a maiores taxas de morte se forem ministradas quando não é estritamente necessário.
Um estudo publicado em Junho sobre transfusões de sangue e mortalidade analisou pessoas levadas ao hospital com perda significativa de sangue por ferimentos físicos.
As pessoas que à chegada ao hospital foram avaliadas como tendo um risco maior do que 50% de chance de morrer e receberam uma transfusão de glóbulos vermelhos apresentaram duas vezes mais chance de sobreviver do que aquelas que não receberam nenhuma transfusão.
Mas os pacientes avaliados com menos de 6% de chance de morrer à chegada ao hospital, aqueles e receberam uma transfusão tiveram cinco vezes mais probabilidade de morrer do que aqueles que não receberam a transfusão.
Não está claro o porquê, mas uma dose de glóbulos vermelhos de outra pessoa pode enfraquecer levemente o sistema imunitário ou, mais raramente, causar inflamação pulmonar, segundo o Dr. Lee Fleisher, anestesista da Universidade da Pensilvânia (EUA).(cont.)
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