Onde a coligação foge à verdade, o PS mente por vocação. Onde a coligação se orgulha de pouco, o PS não se envergonha de nada. Onde a coligação se esquece do que não fez, o PS quer que nos esqueçamos do que fez. Onde a coligação é um remendo sem esperança, o PS é a calamidade garantida. Em Outubro, os portugueses que ainda ligam a estas coisas e não acreditam nos delírios do PCP, das diversas agremiações "trotskistas" ou do "movimento" do sr. Martinho e Pinto rumarão às urnas decididos a escolher o mal menor.
É triste? Não: é a pura democracia, que no seu melhor não é lugar de convicções ou entusiasmos, mas de resignação. A realidade é sempre mais melancólica do que o sonho. E, no fim de contas, menos perigosa.
De qualquer modo, o regime já terá amadurecido o suficiente para que, no fundo, as pessoas suspeitem que o único cartaz adequado a quase todos os políticos é aquele com a palavra "Procura-se" em baixo. E que só a recompensa varia.
Alberto Gonçalves, DN
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