Mas, com as conclusões da Relação, tem agora menos sentido persistir na tese de que tudo é normal, que é a justiça a funcionar, que os procuradores de processos sensíveis como o é a Operação Influencer devem ser isentos de perguntas, de dúvidas ou ainda mais de críticas contundentes. Porque, como se lê na decisão da Relação, o que está em causa é o que sempre se suspeitou que estivesse em causa: um abuso do poder judicial ou, por outras palavras, uma leviana ingerência do poder judicial no poder político. (Manuel Carvalho, Público)
Operação Influencer: não há crime, é apenas uma forma de ser
Já várias vezes critiquei aqui o último parágrafo da senhora procuradora-geral da República que conduziu à demissão de António Costa. Com boa probabilidade, Costa não teria resistido à descoberta de 75.800 euros no gabinete de Vítor Escária na sequência das buscas à sua residência oficial. Mas teria sido completamente diferente para a salubridade do regime se a demissão tivesse ocorrido por causa de um conjunto de envelopes cheios de notas, e não por causa de uma nota absurda no final de um comunicado do Ministério Público. (João Miguel Tavares, Público)
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