quinta-feira, 18 de abril de 2024

Saiba Como Vai Este País

     A dolorosa mensagem política de uma decisão judicial

Mas, com as conclusões da Relação, tem agora menos sentido persistir na tese de que tudo é normal, que é a justiça a funcionar, que os procuradores de processos sensíveis como o é a Operação Influencer devem ser isentos de perguntas, de dúvidas ou ainda mais de críticas contundentes. Porque, como se lê na decisão da Relação, o que está em causa é o que sempre se suspeitou que estivesse em causa: um abuso do poder judicial ou, por outras palavras, uma leviana ingerência do poder judicial no poder político. (Manuel Carvalho, Público)

Operação Influencer: não há crime, é apenas uma forma de ser

Já várias vezes critiquei aqui o último parágrafo da senhora procuradora-geral da República que conduziu à demissão de António Costa. Com boa probabilidade, Costa não teria resistido à descoberta de 75.800 euros no gabinete de Vítor Escária na sequência das buscas à sua residência oficial. Mas teria sido completamente diferente para a salubridade do regime se a demissão tivesse ocorrido por causa de um conjunto de envelopes cheios de notas, e não por causa de uma nota absurda no final de um comunicado do Ministério Público.  (João Miguel Tavares, Público)


O Ministério Público promete continuar as investigações relacionadas com a Operação Influencer, apesar da decisão do Tribunal da Relação que aliviou as medidas de coação dos arguidos por entender que os factos apurados, por si só, não constituem qualquer crime. (OBSR)

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