Um vírus inofensivo encontrado nos sistemas respiratório e gástrico pode ser uma nova arma para auxiliar os tratamentos por radioterapia mesmo em cânceres em estágio avançado, segundo indica um estudo de pesquisadores britânicos.
Segundo a pesquisa, publicada na última edição da revista especializada Clinical Cancer Research, os tumores tratados com o reovírus (não é erro) em conjunção com radioterapia pararam de crescer ou diminuíram de tamanho em todos os casos analisados.
Os 23 pacientes estudados tinham tumores de diferentes tipos, incluindo cânceres de pulmão, intestino, ovário e pele.
Todos eles tinham parado de responder positivamente aos tratamentos tradicionais, mas ainda eram capazes de ter um alívio para a dor com o tratamento por radioterapia.
Durante o estudo, eles receberam entre duas e seis injeções com doses crescentes da droga Reolysin, produzida com partículas do reovírus, para acompanhar a radioterapia.
O principal objetivo do estudo era testar a segurança do tratamento, mas os pesquisadores também mediram o comportamento dos tumores de 14 dos pacientes.
Segundo os pesquisadores, os tumores de todos eles pararam de crescer ou diminuíram com o tratamento.
Entre os pacientes que receberam doses baixas de radioterapia, dois tiveram os tumores reduzidos e cinco pararam de crescer. Entre os que receberam doses altas, cinco tiveram os tumores reduzidos e os demais viram a interrupção do avanço da doença.
Um paciente tinha um grande tumor na glândula salivar que diminuiu de tamanho o suficiente para ser retirado cirurgicamente.
Outro paciente com uma forma agressiva de câncer de pele que havia sido considerado próximo à morte permanecia vivo 17 meses após o início do tratamento alternativo
DS
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