É normal que Alberto Martins interrompa as férias face a tão grave acusação do principal líder da oposição e exija “sem demora” a revelação de que actos tem em mente Passos Coelho e quem os teria praticado e quando.
O que já não é normal é que tenha ficado calado quando, há menos de dois meses, a eurodeputada socialista Ana Gomes acusou igualmente o PGR de ter feito “um frete político” ao Governo e até tenha dado logo o exemplo: o caso do arquivamento dos voos da CIA. Ana Gomes que, ainda na semana passada, a propósito do caso Freeport, pediu a demissão de Pinto Monteiro e da procuradora-geral adjunta Cândida Almeida. E, mais uma vez, perante total indiferença de Alberto Martins e de todo o Governo, considerou que a justiça vive a crise mais grave desde o 25 de Abril, enquanto todos “continuam a banhos descansadamente”.
Fica-se, pois, agora a saber que uma acusação de “frete político” do PGR vinda do interior do PS não é grave, mas se for uma acusação de “interferência política” e vier de fora merece todas as dores.
Fica-se, pois, agora a saber que uma acusação de “frete político” do PGR vinda do interior do PS não é grave, mas se for uma acusação de “interferência política” e vier de fora merece todas as dores.
Luciano Alvarez, Público
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