sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Novos Dados Científicos Sobre O Sal Que Ingerimos


A verdade é que os cientistas ainda não compreendem bem o caminho do sódio no corpo humano.
Uma das dificuldades é que é muito difícil fazer estudos de longa duração com um controle rígido sobre o que as pessoas ingerem e como excretam o sal do corpo.
Recentemente, essa oportunidade surgiu com o experimento Mars500, uma simulação de uma viagem a Marte que foi realizada na Rússia.

Nessa experiência, oito candidatos a astronauta passaram 520 dias num ambiente totalmente fechado, incluindo uma nave e ambientes que imitam o planeta Marte - tudo foi reproduzido como se os astronautas estivessem de facto isolados no espaço.
Era tudo o que o Dr. Jens Titze, da Universidade Vanderbilt (EUA), ansiava, já que ele sempre desconfiou da "verdade científica" impressa nos livros-texto, que afirmam que o sal que comemos é excretado rapidamente pela urina, de forma a manter níveis constantes de sódio no organismo.

Os exploradores de Marte tiveram sua alimentação rigorosamente controlada, permitindo um acompanhamento preciso da quantidade de sal que eles ingeriam e que eles excretavam.
Mostrando que o verdadeiro progresso científico só se faz quando se duvida dos saberes estabelecidos por paradigmas anteriores, as suspeitas do Dr. Titze se confirmaram.

Os resultados mostraram que os níveis de sódio no corpo humano flutuam ritmicamente em dois ciclos distintos, o primeiro com sete dias, e o segundo com 30 dias.
Ou seja, contradizendo o saber estabelecido, investigadores mostraram que o corpo possui mecanismos de armazenamento do sódio.Quase 95% de todo o sal ingerido é excretado pela urina, mas não numa base diária.

Em vez disso, com uma ingestão constante de sal, a excreção do sódio flutuou com um ritmo semanal, resultando em armazenamento de sódio no corpo, e num ciclo mais longo, mensal.

Isto tem largas implicações, como o controle da pressão arterial e da hipertensão, e todos os riscos cardiovasculares associados com a ingestão de sal.

Os Exames actuais não funcionam

O armazenamento de sódio no corpo no ciclo mensal não foi acompanhado de ganho de peso, o que dá indícios de que o armazenamento de sódio no corpo não é acompanhamento de um aumento na água armazenada no corpo.
Usando técnicas de ressonância magnética, os cientistas encontraram indícios de que o sódio é acumulado na pele e nos músculos.

Estes resultados abrem verdadeiras avenidas inteiramente novas para mais pesquisas.
Outra consequência directa da descoberta é que a prática médica actual, que usa amostras de urina a cada 24 horas para determinar a ingestão de sal, não dá resultados precisos.

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