Um dos maiores desafios da actualidade vem sendo o desenvolvimento de uma teoria unificada que dê conta de tudo no universo. Por outras palavras, busca-se o elo perdido entre a mecânica quântica e a relatividade geral. Descobrir os preceitos que preencham esta lacuna significaria fornecer ao ser humano a compreensão total das coisas do universo.
Dois artigos recentes (este e este) comprovaram matematicamente uma hipótese que permite casar as teorias do micro e do macro: de que o nosso cosmos é um holograma de um cosmos mais simples, onde não há gravidade.
Apesar de soar estranha, a ideia fornece uma ferramenta poderosa para os físicos teóricos, pois com ela podem testar harmonicamente teorias nos dois campos da física. Em linhas gerais, o estudo computou numericamente diversas propriedades dos buracos negros (como a energia interna e a entropia). Ao calcular a energia interna de um universo sem gravidade de uma dimensão mais baixa, eles chegaram no mesmo resultado.
Mais ainda, o conceito do universo-holograma ainda fornece as bases para que a teoria das cordas se sustente. Promissora mas não comprovada por falta de recursos experimentais, quando encarada sob este prisma, a teoria é perfeitamente plausível. O motivo é o facto de as complexas e intrincadas cordas que comporiam nosso universo, existentes em nove dimensões espaciais e uma temporal, seriam um holograma, uma mera projecção das acções que ocorrem neste universo mais simples e mais plano, de apenas uma dimensão.
via Nature
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