Ogene BPIFB4 é frequentemente encontrado em pessoas que vivem para lá dos 90 anos de idade e é responsável por manter o coração e a saúde cardíaca destas pessoas em boa forma. Agora, uma equipa introduziu uma modificação deste gene em ratos envelhecidos e descobriu-se que a variante permitiu ‘reverter’ a idade biológica do coração o equivalente a 10 anos humanos. Em ratos de idades médias, a terapia ajudou a parar o declínio da função cardíaca, explica o ScienceAlert.
Os cientistas querem agora analisar a variante associada à longevidade (LAV) deste gene e perceber melhor quais os seus efeitos fisiológicos.
Em testes a genes humanos, retirados de 24 pacientes envelhecidos e com doenças cardíacas severas, a equipa concluiu que a introdução deste gene trouxe benefícios. O LAV-BPIFB4 teve um papel na manutenção das células chamadas pericitos e que são responsáveis pela construção e manutenção de vasos sanguíneos, o que mantém o coração a funcionar bem durante mais tempo. “Ao adicionar o gene/proteína da longevidade à amostra, observamos um processo de rejuvenescimento cardíaca: as células cardíacas voltaram a funcionar normalmente e foram mais eficientes na construção de novos vasos sanguíneos”, afirmou Monica Cattaneo, investigadora que liderou o estudo da IRCCS Multimedia Group em Itália.
As equipas vão testar como a transferência deste gene, além de benefícios na diabetes e aterosclerose e outras complicações, pode ajudar na parte cardíaca também. Uma experiência que está a ser considerada é o uso da proteína do BPIFB4 como tratamento, em vez do gene propriamente dito.
O estudo completo pode ser lido na Cardiovascular Research.
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