... No Portugal interior. Esse mesmo onde assustados idosos compatriotas nossos se perguntam de que modo se hão-de fazer transportar para chegar a serviços essenciais e primários de saúde, de justiça, de água, de electricidade, de administração pública municipal.
E também sabemos que a CP tem, como empresa que é, toda a razão quando responde com um encolher de ombros à ausência de alternativas públicas ou privadas de transporte para muitas dessas populações, sobretudo no Norte interior e no Alentejo, onde está em curso o desmantelamento abruto de linhas ferroviárias insustentáveis do ponto vista económico.
Porém, a compreensível posição empresarial da CP tem uma lógica economicista à qual o Estado, através do Governo e do Parlamento, deveria acrescentar o remédio político susceptível de minorar o efeito de isolamento criado pela falta de mobilidade e atrofia da vida daqueles de entre os nossos concidadãos que, por falta de forças ou, então, por indomável coragem, resistem ao êxodo rural em direcção à estreitíssima faixa litoral onde há de tudo para vender e comprar. E também se decidem as eleições. (continuar a ler)
Devemos ter chegado aqui pelas auto-estradas. Não ?!
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