Chamam-lhe “síndroma UBER”, e não é mais do que a inquietação que gestores e agentes económicos sentem face à emergência de novos concorrentes, nascidos precisamente das ineficiências das empresas tradicionais – introduzem mais inovação, mais tecnologia e impõem menos custos. Os líderes das maiores empresas do mundo percebem que das duas uma: ou se adaptam, antecipando alterações significativas nos seus modelos de negócio, ou são ultrapassados.
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O Portugal dos discursos enche a boca de “inovação” e “empreendedorismo”. Fica sempre bem no papel. Mas, no país real, aquele que mistura corporativismos e interesses políticos de curto prazo, persegue-se qualquer ameaça ao status quo, proibindo-a ou recompensando com dinheiros públicos as empresas que, precisamente, escolheram não inovar. O PS, carente de apoios e de uma vitória eleitoral, parece disposto a fazer desse cocktail de corporativismo e interesses o seu seguro de vida. É por isso que, digam o que disserem, o erro vai muito além de táxis e de ubers. É que um país governado assim não pode ir longe.
Alexandre Homem Cristo, OBS
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