De: Rui Ramos |
Ao princípio, a ideia do regime era começar tudo de novo. Não apreciava fado, mas canções de “intervenção”. Não gostava de futebol, mas de atletismo. Não queria África, mas a Europa. O futebol e o fado voltaram logo. E depois foi a vez do império, em versão de fraternidade histórico-linguística. Perdido o imaginário europeu, o regime volta ao velho imagin
ário da ditadura salazarista. Até o hino do momento transpira actavismo: “a minha casinha” é interpretada pelos Xutos e Pontapés, mas nem por isso deixa de ser a canção de Milú de 1943. E para que nada falte ao ambiente retro, temos até as acusações de traidor à pátria, com Catarina Martins, no debate do Estado da Nação, a insinuar que quem não é pelo governo “torce” pela Alemanha (que jeito que teria dado uma final contra a Alemanha).
Se o presidente for a Fátima, a geringonça também irá atrás? É o único F que falta daquela trilogia tradicional (Fado, Futebol e Fátima) que tanta urticária causava aos profissionais do progressismo.
(continuar a ler aqui)
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