Descontadas as questões morais, o que na prática acontecerá é que quem tem grandes fortunas assegurará que ficarão devidamente blindadas numa qualquer fundação ou offshore, tal como acontece no Reino Unido (um exercício interessante para o leitor: vá até à Quinta do Lago e conte o número de casas que não estão registadas numa qualquer offshore de direito britânico). Já aqueles que só conseguiram deixar uma casa ou uns terrenos aos seus filhos ou netos assistirão à triste sina, já numa outra vida, de os ver vender os imóveis só para poderem pagar a maquia do imposto sucessório.
O imposto sucessório, mais do que imoral, ataca os pequenos aforradores, como o Sr José, que gostariam de deixar os filhos um pouco melhor. Ao contrário do que as gentes do Bloco e outros tantos do PS, agora indiferenciável do BE, julgam, o imposto sucessório não afectará as grandes fortunas, não afectará os milionários, que manterão tudo devidamente protegido do confisco alheio algures num país distante. E bem. Errados estamos nós, que assistimos ao assalto à mão armada de forma conivente. Uma vez mais.
Fonte: Mário Amorim Lopes, OBSR
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