Há um Joker no nosso pequeno mundo político? Rebuscando bem, só se consegue descortinar alguém que, não sendo o Joker, está sempre a sorrir: o sr. Mário Centeno. Há, desde logo, uma grande diferença entre ambos: o Joker é um perdedor. O sr. Centeno era, até há pouco tempo, o vencedor. Todos, no Governo, usavam um “pin” com a sua face e todos tentavam imitá-lo a sorrir. Cansaram-se.
Enquanto sorria, o sr. Centeno aumentava os impostos, fazia cativações, não assinava transferência de verbas. Como aprendiz de Joker chegou mesmo a dizer que já tinha assinado a autorização para se contratarem quatro mestres para os barcos da Soflusa.
Quando um ministro da Finanças tem de autorizar pessoalmente contratações de pessoal de uma empresa, não precisamos de um Joker para desestabilizar. Com mais ou menos sorriso, ele está dentro do poder a fazer mais estragos do que dezenas de manifestações nas ruas.
Mas o sr. Centeno não é o Joker. Às vezes sonha ser Batman. Sonha com o equilíbrio orçamental. Com a ordem acima do caos. Só que essa ordem começou a dinamitar os pilares da estabilidade social. E, claro, as emoções dos eleitores. Recorde-se Joker – são os cortes do orçamento para o apoio social e para os medicamentos que levam Arthur (Joaquin Phoenix), à loucura.
(excertos do texto de Fernando Sobral, ECO)
(excertos do texto de Fernando Sobral, ECO)
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