A nova demissão tem o mérito de mostrar que o Governo não tem apenas fendas nas paredes. Tem problemas estruturais em pastas sensíveis que deviam levar o primeiro-ministro a considerar uma remodelação. (Manuel Carvalho, Público)
Não é normal que um governo ainda no fulgor da juventude acuse tantos sinais de instabilidade ao ponto de registar oito demissões em apenas sete meses. Há casos e casos, bem se sabe, desde saídas por legítimas causas pessoais, a erros grosseiros nas escolhas, a demissões por esgotamento do capital político ou a incompatibilidade entre ministros e secretários de Estado. Mas, com tanta turbulência, é forçoso reconhecer que este Governo foi mal-amanhado, está a ser deficientemente gerido e revela fragilidades que põem em causa a sua consistência e credibilidade.
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