sábado, 3 de fevereiro de 2024

A Frase (26)


Vamos descontar a história do IMI, um roubo às claras que Pedro Nuno Santos certamente defende. Para cálculo desse imposto, as propriedades do cidadão comum são avaliadas em cerca de um terço do valor de mercado. Uma propriedade alentejana do dr. Pedro Nuno é avaliada em menos de um décimo. É melhor concluir que se trata de um acaso, ou que o homem tem sorte.       (Alberto Gonçalves, OBSR)

Também é escusado recordar o episódio em que o dr. Pedro Nuno, adversário feroz da especulação, vendeu um apartamento em Lisboa por perto do dobro do valor da aquisição. É evidente que o negócio não é muito compatível com quem, enquanto ministro do sector, declarou que os preços do imobiliário em Lisboa e Porto são, cito, um “crime lesa-pátria”. Percebeu pelas brincadeiras na TAP que lesar a pátria não tira o sono ao actual secretário-geral do PS, embora, repito, não valha a pena ir por aí.

Prefiro notar o caso das ajudas de custo. Entre 2005 e 2015, o período em que foi deputado com uma interrupção pelo meio, o dr. Pedro Nuno beneficiou de 202 mil euros em subsídios de deslocação, alimentação e alojamento. Ao que percebi, uns 75 mil patrocinaram as viagens, que Porsches e Maseratis não são automóveis poupadinhos. Se não erro, o resto, 127 mil mais trocos, cobriu o resto. Garantido, segundo a “Sábado”, é que, durante nove anos, o dr. Pedro Nuno recebeu perto de dois mil euros mensais para financiar alegados passeios a São João da Madeira, onde dizia morar. A chatice é que o dr. Pedro Nuno morava em Lisboa.

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