terça-feira, 9 de agosto de 2011

Foi Descoberta Uma Faixa De Antimatéria Que ...


... Envolve A Terra

Cientistas fazem uma descoberta empolgante: uma faixa fina de partículas de antimatéria, chamadas antiprotões, envolvem a Terra.
Esta descoberta inédita confirma o trabalho teórico que prevê que o campo magnético da Terra pode “capturar” antimatéria.

Os antiprotões foram vistos pelo satélite Pamela .

A equipe diz que um pequeno número de antiprotões está “preso” entre matéria normal também presa dos cinturões de Van Allen. Segundo os pesquisadores, lá pode haver o suficiente para implementar uma nova tecnologia que utilize antimatéria para abastecer futuras naves espaciais.
Partículas de raios cósmicos podem bater em moléculas que compõem a atmosfera da Terra, criando chuveiros de partículas. Muitas das partículas de raios cósmicos, ou “filhas” de partículas que eles criam, são apanhadas nos cinturões de Van Allen, regiões em forma de rosquinha onde o campo magnético da Terra as prende.

Entre as metas do Pamela, estava procurar especificamente um pequeno número de partículas de antimatéria entre as partículas mais abundantes de matéria normal, como núcleos de átomos de protões e de hélio.
A nova análise mostra que, quando Pamela passa por uma região chamada Anomalia Magnética do Atlântico Sul, vê milhares de vezes mais antiprotões do que seria esperado pelo decaimento normal de partículas, ou em outras partes do cosmos.
Segundo os cientistas, isto é uma evidência que as faixas de antiprotões, análogas aos cinturões de Van Allen, seguram a antimatéria no lugar – pelo menos até que ela encontre a matéria normal da atmosfera, e se “aniquile” em um flash de luz.

“A faixa é a fonte mais abundante de antiprotões próxima da Terra”, segundo um coautor da pesquisa, Alessandro de Bruno.
“Antiprotões capturados podem ser perdidos nas interacções com elementos atmosféricos, especialmente em baixas altitudes, onde a aniquilação se torna o principal mecanismo de perda. Acima de altitudes de várias centenas de quilómetros, a taxa de perda é significativamente mais baixa, permitindo uma grande oferta de antiprótons”, explica Bruno.

O cientista disse que, além de confirmar o trabalho teórico que há muito previu a existência dessas faixas de antimatéria, as partículas podem também  tornar-se uma nova fonte de combustível para futuras naves espaciais, uma ideia explorada pela NASA. [BBC]

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