Uma lei é, em todos os casos, a exteriorização de um raciocínio (pensamento).
Outra prova de que o pensamento é (para nós) o ser. Sentir nada é não sentir, querer nada é não querer; mas pensar nada não é não pensar, é pensar o nada, compreender que nada quer dizer nada. Vemos, portanto que, conquanto não haja vontade nem sentimento do nada (propriamente dito porque o desejo da morte não é do nada), há pensamento, ideia do nada. O nada torna-se alguma coisa perante a ideia. É a criação ex nihilo exemplificada. (...)
A percepção é o pensamento do pensamento alheio.
«O Vencedor do Tempo». Textos Filosóficos . Vol. II. Fernando Pessoa
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