O independentismo de Moreira tem dias, é conforme as necessidades. Aqui há uns meses, Rui Moreira não se coibiu de escrever aos partidos centralistas pedindo-lhes que lhe alterassem a lei eleitoral das autarquias. Queria, em traços grossos, que lhe descomplicassem as formalidades necessárias para a legalização de uma candidatura independente. O PS julgava na altura que o compromisso que tinha com o presidente da Câmara do Porto era uma coisa séria. E, portanto, fez-lhe a vontade.
As alterações lá passaram, com os votos de PS, Bloco, CDS e PAN (PSD, PCP e PEV não foram na conversa, votando contra). Depois, o processo legislativo seguiu o seu caminho. Redação final, promulgação, publicação no Diário da República. Quando? Dia 2 de maio, terça-feira da semana passada.
Não foi preciso passarem dois dias sobre a publicação da lei que Moreira andou a pedir de chapéu na mão aos partidos para a sua candidatura anunciar que estava em pré-rutura com o PS. Um comportamento que fala por si sobre como a independência é para o lado de que o vento sopra: se dá jeito, usa-se; senão, põe-se entre parênteses.
Fonte DN
De que se ri António? - Alguém sabe? - Vamos aguardar para ver quem ri no fim.
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