— O homem provou que não é um robô e isso é excelente. Os robôs não dizem disparates, estão programados por gente muito experiente e aquilo funciona. Os humanos passam a vida a fazer e a dizer disparates. Não é só errar que é humano, é mesmo uma quantidade enorme de outras coisas que conduzem a situações desagradáveis. Olha a quantidade de disparates que eu fiz e depois passei tantos maus bocados? E tu? Eu sei bem todos as parvoíces que fizeste porque me lembro de tudo.
Neste momento, senti que a Vanessa estava a ameaçar-me de revelar sei lá o quê que faria as tontarias de Rio parecerem de somenos. Fiquei nervosa.
— Queriam que o PSD fosse liderado por um robô? É bom que o líder seja um humano. Ele é mau? Somos todos maus! Os portugueses são uns génios onde? Eu não conheço tantos génios por aí. Deixem o homem em paz, a curtir a dele.
— Vais votar no Rio, Vanessa?
— Não tens nada a ver com isso. Hei-de votar em quem me apetecer e só decido mesmo em cima da mesa de voto.
Ana Sá Lopes, Público
Nota:Toda a gente conhece uma Vanessa. Esta é a do P2 nas crónicas de Verão.
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