«A lição que o grande magistrado das liberdades e garantias deu ao Ministério Público e, por extensão, aos portugueses, foi esta: é inútil ter tanto trabalho a provar o que aconteceu quando é muito mais fácil provar o que não aconteceu.»
(João Miguel Tavares, Público)
O meu interesse pela figura de José Sócrates é hoje antropológico, sociológico, psicológico e até psicanalítico – mas não é político. Como político, Sócrates morreu. Já não é uma ameaça para o país. A narrativa a que se agarrou para sobreviver ao braço da justiça é aquela que agora estrangula o único poder que lhe resta – o de dizer a verdade. Se Sócrates dissesse a verdade, o sistema desabaria como as muralhas de Jericó. Mas ele nunca dirá a verdade, mesmo que venha a ser condenado.
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