Árvore da noite
Com ramos azuis
Até o horizonte.
Estendi meus braços,
E apenas achei
Nevoeiros esparsos.
O resto era sonhos
No profundo fim
Da vida e da noite.
A memória em pranto
Os ramos azuis
Fica procurando
E de olhos fechados
Vejo longe, sós,
Meus alados braços.
Ó noite, azul, árvore ...
Suspiro a subir
Muro de saudade!
(Cecília Meireles)
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