O país está triste. Os portugueses exibem um alto grau de desilusão. O país permanece indiferente. Os portugueses continuam a viver a política com a compostura dos figurantes. ...) Os automatismos da democracia portuguesa têm muitas denominações – incompetência, demissão, corrupção, indecência, moções várias, oportunismos políticos de conveniência. O que não há em Portugal são escândalos sexuais – país dos bons costumes, país dos puritanos, país dos mais superiores hipócritas. (Carlos Marques de Almeida, ECO)
Com o país parado, a democracia portuguesa está preocupada com uma cerimónia de auto-celebração que não celebra o presente nem o futuro. Depois desta dissolução, este 25 de Abril será sempre o confronto entre vencedores e vencidos no país onde todos perdem. Que o 25 de Abril seja uma data para reflexão do estado do regime. Fazem uma revolução para votar e de tanto votar ainda ninguém consegue responder para onde vai Portugal?
Nova desilusão em que o país não tem direito nem à Moção nem à Comissão. Opera-se um curto-circuito político e vamos directos para eleições antecipadas. Novamente é a inércia automática da política nacional. Uma política nacional que é comandada por mecanismos premonitórios de prevenção de desastres.
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