O primeiro-ministro, José Sócrates, escolheu o tema genérico do «apoio às famílias» para introduzir o debate quinzenal, quarta-feira, na Assembleia da República, disse hoje fonte do Ministério dos Assuntos Parlamentares . |
Em termos programáticos, ao nível das políticas sociais, José Sócrates defende um «aprofundamento das prestações sociais para aqueles que não podem aceder a rendimentos dignos através da actividade económica e para as famílias expostas aos factores de perpetuação da pobreza».
Neste capítulo, a moção do secretário-geral do PS, que foi coordenada pelo dirigente socialista António Costa, prevê «o reforço das políticas estruturais de elevação dos rendimentos do trabalho» e promete uma «particular atenção à elevação dos rendimentos dos cidadãos com incapacidade absoluta para o trabalho».
Ao nível fiscal, os socialistas têm-se procurado demarcar do PSD e sobretudo do CDS-PP, recusando uma descida generalizada dos impostos, precisamente em nome do apoio às famílias mais carenciadas.
Para o PS, «as medidas fiscais têm o seu lugar numa estratégia correcta de combate à crise; mas devem ser usadas, com critério e inteligência, para apoiar o investimento das empresas, defender os postos de trabalho e ajudar as famílias nas suas despesas essenciais».
Para o secretário-geral do PS, «num contexto de crise e de falta de confiança, nem sempre a baixa dos impostos tem reflexo no investimento das empresas, na salvaguarda dos empregos ou no consumo das famílias».
Uma descida generalizada dos impostos representa para o PS de José Sócrates uma desvantagem: «Retira ao Estado os recursos de que ele precisa para dinamizar o investimento e cumprir as suas funções sociais».
(excertos) Lusa/SOL
Promessas ...Justificações ..
-"Recusa baixar impostos em nome do apoio às famílias carenciadas " .
Qual a estratégia ? Como selecciona ? Como avalia a sua eficiência ? Quanto precisa ?
-"As medidas fiscais devem ser usadas com critério e inteligência " .
Como se estabelece o critério ?
Inteligência ? Exactamente o que tem faltado .
-" Falta de confiança ".
Será que o secretário-geral reconhece finalmente que os portugueses já não confiam ?
- " Retira ao Estado os recursos que o governo precisa para cumprir as suas funções sociais "
Então porque tem havido até agora tantos incumprimentos?
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