quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Pragmatismo Utilitário-eleitoral


Os actuais Partidos Políticos portugueses estão cada vez mais longe da sua identidade de fundação.
Hoje o mais importante passou a ser a estratégia e não a ideologia.
Cada vez mais portugueses se sente orfãos de uma ideologia coerente. Vejamos por exemplo o que se passa no BE :

o Ruptura/FER avançou com um manifesto que sublinha uma das eventuais consequências da candidatura conjunta: "O BE enfraqueceu a sua posição de combate ao Governo."

Os membros do movimento Ruptura/FER (ala interna do BE) não desistem de contestar a decisão de apoiar Alegre.
Notando que Alegre não representa qualquer alternativa às políticas da "coabitação cúmplice Sócrates/Cavaco", os signatários desvalorizam ainda os conflitos do candidato com o Governo e com a bancada parlamentar do PS. "Ele ausentou-se do hemiciclo em votações que não lhe convinham ou manifestou oposição, nomeadamente ao Código do Trabalho, quando o seu voto não fazia falta para garantir a maioria", lê-se. E mais adiante antecipam a campanha de Alegre, dizendo que ela representa a "demagogia nacionalista, a nostalgia colonial, a exaltação da disciplina militar, a subserviência aos governos - tudo envolvido em pose marialva e declamado num tom solene e pomposo."(via Público)

Sim, não é só BE, esta crise é transversal a todos os partidos. E tem a sua origem no pragmatismo utilitário-eleitoral que se reflecte, quando se alcançam posições de poder e não só, na falta de comprometimento político de governantes e representantes parlamentares com as necessidades nacionais e de soberania, com as necessidades maioritárias da população.

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