Um estudo apresentado numa conferência de psicologia nos Estados Unidos afirma que os super-heróis de filmes da actualidade influenciam negativamente os meninos.Eles são diferentes dos de antigamente, pois não apresentam um lado mais vulnerável e humano. O estudo afirma que a única figura masculina alternativa de super-herói da actualidade é a do "preguiçoso", que evita assumir responsabilidades.
"Há uma grande diferença entre os super-heróis de hoje e os heróis de gibis do passado", afirma Lamb.
A pesquisadora diz que, nos personagens do passado, os meninos podiam perceber que - sem roupa de super-herói - eles eram "pessoas normais com problemas normais e muitas fraquezas". Seria o caso do Super-Homem e do Lanterna Verde, que têm identidades secretas, com carreiras e que, segundo a pesquisadora, foram criados como reação ao fascismo e para lutar por justiça social.
"O super-herói de hoje é um herói de acção que pratica violência sem parar. É agressivo, sarcástico e raramente fala sobre as virtudes de fazer o bem para a humanidade", disse Lamb, segundo artigo no jornal britânico The Guardian.
A alternativa a esse super-herói agressivo da actualidade seria o preguiçoso.
"Preguiçosos são engraçados, mas os preguiçosos não são o que os meninos deveriam querer ser. Eles não gostam da escola e evitam responsabilidades", afirma Lamb.
Segundo o professor Carlos Santos, que fez a pesquisa com 426 meninos, "ajudar os meninos a resistir a esse tipo de comportamento o mais cedo possível parece ser um passo vital para se melhorar a saúde e qualidade das suas relações sociais".
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