«No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas calçadas íngremes
Havia lá duas cadeias. Uma era para ladrões
Acenavam através das grades
Gritavam que lhes tirassem o retrato» - escreveu Tomas Transtroemer.
«"Mas aqui", disse o condutor e riu à socapa como se cortado ao meio
"aqui estão políticos". Vi a fachada, a fachada, a fachada e lá no cimo um homem à janela
tinha um óculo e olhava para o mar» - relata o laureado com o Nobel da Literatura 2011.
«"Roupa branca no azul. Os muros quentes
As moscas liam cartas microscópicas
Seis anos mais tarde perguntei a uma senhora de Lisboa
"será verdade ou só um sonho meu?"» - finaliza o poeta sobre a cidade junto ao Tejo.
Fonte : tvi
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