Impulsionados pela crise e por medidas de austeridade, crescentes os níveis de
desemprego entre os jovens em alguns países desenvolvidos - e principalmente na
Europa e EUA - estão a criar o que a imprensa e economistas chamam de "geração perdida" ou "geração desperdiçada".
Nos países que estão a sofrer duramente com a crise, os índices de desemprego
entre os jovens da faixa dos 20 aos 30 anos são bem maiores do que os da
população em geral. A situação é particularmente grave para os que têm até 24
anos e procuram o primeiro emprego, mas jovens com alguma experiência que saíram
do mercado por um ou outro motivo também estão com dificuldade para voltar.
Na Espanha e na Grécia, onde a situação é mais grave, o desemprego entre
jovens até 24 anos ronda os 50%. Em 2006, os índices nesses países eram de 18% e
25% respectivamente, segundo a OCDE.
Em Portugal, Irlanda e Itália, o índice de desemprego juvenil ronda os 30% e
Na França e Grã-Bretanha já ultrapassa os 20%, mais que o dobro da média geral.
Nos Estados Unidos, desde 2006, a percentagem de jovens desempregados subiu de
10% para 17% segundo a OCDE.(dados de Outubro de 2012)
Por trás das estatísticas, há histórias de talentos desperdiçados e
expectativas que não se cumpriram - milhares de jovens que foram levados a
acreditar que, se estudassem mais e se preparassem melhor para o mercado de
trabalho, teriam um futuro profissional garantido e uma posição social
confortável.
Agora, com uma colecção de diplomas na parede, não conseguem sair da casa dos
pais.
Quanto mais tempo a pessoa fica desempregada, maior esse efeito "cicatriz",
descrito por economistas como Paul Gregg, da Universidade de Bath.
Jackman lembra que o desemprego também tende a agravar problemas de saúde
pública - com o aumento de casos de depressão e ansiedade.
"Além disso, embora seja difícil de calcular, há um custo colectivo envolvido
no desperdício desses talentos, habilidades e qualificações, cuja criação
envolveu o investimento de recursos", completa Scarpetta. "Toda a sociedade
perde." (BBC, Brasil)
Depois de Outubro o desemprego continuou a crescer, a maioria dos jovens continuam em casa dos pais, outros emigraram.
Passou 2012, estamos em 2013, acabamos de conhecer o enorme aumento de impostos. Muitos dos ainda empregados que já estão a contribuir na ajuda aos pais e aos filhos, vão ficar com o pecúlio muito diminuído. As elites começam a debandar, o desemprego está imparável.
Então e o volte-face? - não se vislumbra.
Os tribunais estão cheios de indícios de desvios. Calculados por uns, mas que outros parecem não conseguir calcular, - tudo parado tudo na mesma. Afinal alguém foi punido ? - Nós, os que não desviámos, pagámos todos os impostos, não nos endividámos.
Os outros, esses, continuam os seus passeios mundo fora. Qualquer dia, somos nós, que sempre cumprimos, que não fomos de férias para o Brasil, ou para Paris, a endividarmo-nos para colocarmos as contas do país em ordem.
Está mal. Revolta. Irrita. É injusto! Muito injusto!
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