"Alentejo Prometido" : Opinião
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João Miguel Tavares |
Muitos dos parolos que debitaram parolices sobre Alentejo Prometido nunca leram o livro e limitaram-se a visionar 60 segundos do programa da SIC Radical Irritações. Mas outros menos parolos padecem dos complexos 1 a 3, e esses são muito mais perniciosos do que os tipos que simplesmente sofrem de HRS. O livro do Henrique Raposo é claramente devedor do estilo que Maria Filomena Mónica adoptou em numerosas obras, e que muita falta faz nesta terra: um cruzamento de biografia com história, antropologia e sociologia, que não tem a ambição de produzir textos académicos, mas que contém uma inventividade, um arrojo interpretativo e uma dimensão de provocação intelectual que são extremamente estimulantes para quem gosta de pensar além da sebenta. Contêm o risco do erro, mas não o bocejo do papagueio. (ler artigo completo)
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