sábado, 26 de novembro de 2016

O Ar Que Medina Respira Vem-lhe Soprado Pela falta De Oposição Que Tem Na CML

Desrespeito

O ar que Medina respira vem-lhe soprado pela falta de oposição que tem na Câmara Municipal de Lisboa e pelo desrespeito que mostra para com os habitantes da cidade. Com o PSD desaparecido em parte incerta praticamente desde o início do mandato, se não fosse João Gonçalves Pereira, do PP, as tropelias de Salgado & Medina passariam quase incólumes entre os vereadores. Ambos vocacionaram a cidade para ser um albergue, em vez de ser vivida pelos seus. As medidas de fundo que tomam são da esfera da maquilhagem e da cirurgia plástica aplicada ao alcatrão. Sistematicamente ignoram o bem estar e os interesses de quem vive no centro da cidade e mostram-se mais preocupados em beneficiar os que vêm de fora, seja por um fim-de-semana ou todos os dias. Se a oposição, para se mostrar, está à espera que as flores dos canteiros plantados à pressa desabrochem na Primavera e iludam os incautos, a coisa não vai correr bem. A Lisboa de Medina é artificial, asséptica, sem vida nem calor, um lindo jardim para ser passeio de visitantes ocasionais e um inferno para quem cá vive. Quererá Medina que a cidade fique ainda mais desertificada e perca ainda mais habitantes? O destino de uma cidade como Lisboa não pode ser traçado por quem não se preocupa em a deixar viver e gosta mais de compor cenários do que em resolver problemas.

Manuel Falcão, A esquina do Rio, J Negócios

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