Os socialistas optaram por não apresentar candidato à Invicta, preferindo colar-se a Rui Moreira – que até é próximo do CDS.
E quando este ganhar por larga vantagem, como é expectável, celebrarão a vitória como sua.
Outro caso sintomático deste “jogo de cintura” socialista é a descida da TSU. O ministro Vieira da Silva conseguiu chegar, depois de muito batalhar, a um acordo na concertação social para aprovar a subida do salário mínimo e a descida da TSU. Acontece que os partidos da extrema- -esquerda que apoiam o PS não estão dispostos a fazer cedências e, como tal, recusam-se a aprovar a medida no parlamento.
O PS tem um problema para aprovar uma proposta sua? Não! O problema é do PSD, que não está a ser coerente com o que defendeu antes. E, se a proposta chumbar, será a Passos que se vão pedir satisfações, não ao PCP nem ao Bloco.
De facto, este governo tem uma enorme habilidade para alijar responsabilidades e transformar os seus insucessos nos problemas dos outros – neste caso, da oposição. Já o líder do PSD – estejamos a falar da candidatura do seu partido à câmara, da descida da TSU ou até do dossiê da Caixa – parece ter uma propensão para atrair problemas e, uma vez que eles se instalam, não conseguir desenvencilhar--se deles. Essa inabilidade pode afetar a sua imagem. Mas resulta simplesmente de falta de oportunismo – o que, em boa verdade, só abona a seu favor.(ler aqui)
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