O arquiteto português de 53 anos é o escolhido, este ano, pelo júri do Prémio Pessoa. Professor universitário em Portugal e no estrangeiro, acumula uma vasta obra de Arquitetura. O projeto de um novo polo cultural em Lausanne, na Suiça, deu ao ateliê Aires Mateus uma consagração internacional. O ‘edifício flutuante’ inaugurado este ano, em Tours, é outro exemplo do reconhecimento do seu trabalho.
É a terceira vez que o júri Prémio Pessoa distingue um nome da arquitetura portuguesa. Depois de Souto Moura e de Carrilho da Graça, as atenções deste ano voltaram-se de novo para esta área, atribuindo a Manuel Aires Mateus um lugar na vasta lista de distinguidos.
Obras como a renovação da sede da Ordem dos Engenheiros, que data do início da sua carreira, ou a nova sede da EDP, ambas em Lisboa, são algumas das marcas do arquiteto que sempre trabalhou em conjunto com o seu irmão Francisco, um ano mais velho e igualmente arquiteto. O reconhecimento internacional chegou cedo e, recentemente, com a inauguração, em março deste ano, do Centro de Criação Contemporanea Olivier Debré, em Tours, o trabalho do arquiteto foi particularmente destacado pela imprensa internacional.
O maior projeto do ateliê de Manuel Aires Mateus foi ganho em 2015 e encontra-se em fase de concretização. Trata-se da construção de um novo polo cultural em Lausanne, a partir das antigas instalações de uma gare ferroviária. O ateliê português venceu o concurso orçado em mais de 85 milhões de euros, ‘derrotando’ três prémios Pritzker (o chamado Óscar da Arquitetura mundial) que também se candidataram.
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