Agência Espacial Europeia |
O veículo espacial, que está desocupado desde 2013 mas que tem um químico corrosivo a bordo usado como propulsante, está a cair a um ritmo médio de 160 metros por dia. Embora não se saiba a hora nem o local em que Tiangong-1 vai reentrar na Terra, sabe-se que isso vai acontecer algures entre a latitude 42,8ºN e 42,8ºS, com maior probabilidade de cair na linha que passa no norte de Portugal ou na que passa a sul da Austrália.
Tudo indica que a maior parte das peças vai destruir-se ao atravessar a atmosfera por causa das altas temperaturas, do desgaste e da fricção, mas as peças mais resistentes podem chegar até terra. O mais provável é que a maior parte delas venha a cair no oceano porque a maior parte da superfície do planeta é composta por água. As agências já vieram dizer que, em princípio, nenhuma infraestrutura será afetada, mas pedem a toda a gente que não se aproximem de objetos vindos da estação espacial que possa cair em solo por causa do perigo de envenenamento.
As más notícias: a estação espacial tem o tamanho de um autocarro escolar e está em queda livre em direção à Terra, uma das regiões onde é mais provável que possa cair é no norte de Portugal durante este fim de semana de Páscoa. Agora as boas: a probabilidade de se despenhar entre o Porto e o Minho, embora seja a maior de todas, não ultrapassa os 3% e, de qualquer modo, é altamente improvável que uma das peças lhe caia em cima do folar. Não há registo na História de qualquer pessoa atingida por uma peça de um veículo espacial em queda descontrolada em direção ao nosso planeta.
Tudo indica que a Tiangong-1, a estação chinesa que foi desativada há cinco anos e cujo nome significa “Palácio Celestial”, vá entrar na atmosfera terrestre algures entre esta sexta-feira, 30 de março, e domingo, 1 de abril. As estimativas mais recentes da Agência Espacial Europeia apontam o domingo de Páscoa como a data mais provável para o evento, mas as incertezas são tantas — em parte por causa do secretismo dos chineses — que não se sabe sequer o local exato onde o veículo vai cair. O melhor mesmo é ficar atento ao céu, mas permanecer afastado de qualquer pedaço da maquineta: é que a bordo dela está um químico corrosivo que pode causar desde tosse até convulsões e ferimentos profundos na pele.
Fonte: OBSR
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