No tempo de Eça de Queiroz e de “Os Maias” o Portugal que interessava não era Lisboa, era o Chiado. E foi a olhar para esse Chiado que João da Ega, alter-ego do autor, carimbou esta nossa terra como uma “choldra torpe”, país de uma civilização “em segunda mão” e que “fica-nos curta nas mangas”.
Portugal hoje já não será só o Chiado, alargou-se ao Lux, ao Café In e ao Gattopardo, mas nele não são poucos os sinais deste nosso persistente e insuportável atavismo. Como esta meia dúzia de exemplos que recolhi só nestas últimas semanas.
1. O silêncio em torno da corrupção
2. A polémica das reportagens da SIC
3. O drama das rendas e dos despejos
4. A pequenez dos acordos de “bloco central”
5. Os truques de Centeno, ou dizer uma coisa e fazer outra
6. A polémica do Museu das Descobertas
(ler aqui o desenvolvimento dos temas acima exemplificados)
Apetece mesmo concluir: de facto, que choldra torpe.
(excertos do artigo de José Manuel Fernandes ontem no OBSR)
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