A ligação entre o abandono da defesa da fronteira e a manutenção da abolição de fronteiras internas traduz-se no segundo passo em direcção ao fim da UE. E não é preciso dar um terceiro passo, basta manter o statu quo.
A esmagadora maioria dos “refugiados” que chegam à UE são migrantes económicos, explorados por redes de traficantes de seres humanos que são ajudadas pela indústria do feel good a cavalo entre as ONG e as televisões.
A consequência da invasão permanente da fronteira externa da UE é o regresso ao nacionalismo exacerbado e o reforço da representação política dos partidários do regresso às fronteiras nacionais e do fim da UE.
A reposição da fronteira externa da UE não é uma opção, é um requisito de sobrevivência. Tal implica fiscalização efectiva da fronteira externa, começando pelas águas do Mediterrâneo. E implica uma forte ajuda aos Estados falhados que albergam redes de traficantes (maxime Líbia), garantindo um controlo efectivo das respectivas fronteiras. E também a manutenção do apoio económico (e político, hélas!) à Turquia para que retenha os fluxos migratórios dos países circunvizinhos. A criação de condições de desenvolvimento nos países geradores de fluxos migratórios é um imperativo de sobrevivência da UE.
O direito de asilo está a ser alvo de abuso pelos migrantes económicos, pelas redes de traficantes de seres humanos e pelos populistas, a quem a incapacidade da UE para gerir os fluxos migratórios garante a chegada ao poder.
Se as dezenas de milhões de refugiados e migrantes económicos gerados pelos conflitos e pelo subdesenvolvimento que grassam na vizinhança da Europa entrarem pela fronteira externa, assistiremos ao regresso das fronteiras internas dentro da UE e à sua defesa com recurso à força. O regresso da guerra ao território europeu garantirá a igualdade entre os refugiados internos e os refugiados externos. Todos iguais, todos refugiados.
A reposição da fronteira externa da UE não é uma opção, é um requisito de sobrevivência.(ler artigo completo)
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