Micrografia de um biofilme bacteriano de espécies mistas observada num modelo de infecção crónica |
Mas estas informações baseadas em laboratório podem ter sérios limites quanto à capacidade para prever como esses patogénicos se comportam quando invadem nosso corpo.
"As bactérias nas infecções humanas são frequentemente tolerantes aos antibióticos, mas quando as cultivamos fora do ser humano elas são altamente suscetíveis," conta o professor Marvin Whiteley, do Instituto de Tecnologia da Geórgia (EUA). "Nós demonstramos que vários genes importantes para a tolerância aos antibióticos são altamente induzidos em humanos em comparação com nossos sistemas de modelagem em laboratório e em camundongos."
"Parece haver algo único no ser humano que está promovendo resistência [aos antibióticos]," acrescentou ele.
Comportamento das bactérias
O que pode estar causando essa diferença ainda é um mistério, embora se saiba que as bactérias são afetadas pelo seu ambiente.
Entender como os genes bacterianos e seus níveis de expressão diferem nos seres humanos poderia permitir que os pesquisadores procurassem condições laboratoriais que imitassem melhor as condições no corpo humano - e fornecessem uma melhor orientação para o uso dos antibióticos.
Quando se conseguir identificar em detalhes como as bactérias se comportam no corpo humano, em comparação com as configurações padrão de laboratório, estudos adicionais poderão esclarecer se de fato o caso constatado é parte de um quadro mais geral, que cobre diferentes tipos de infecção.
Embora os experiências se tenham focado num único patogénico problemático, Whiteley acredita que os resultados podem ter implicações mais amplas. "Na verdade, sabemos muito pouco sobre o comportamento das bactérias durante a infecção humana, e a maioria dos sistemas modelo não consegue reproduzir a maioria dos aspectos da infecção humana. Espero que este trabalho seja generalizável para outras bactérias," afirmou ele.
Fonte: DS
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