A coordenadora do BE detém uma posição minoritária numa empresa de alojamento local gerida pelo marido e pela sogra. Explora unidades no Sabugal. Partido diz que ajuda a combater a desertificação.
A coordenadora do BE fundou a Logradouro Lda. com o marido há quase dez anos e foi sócia-gerente da empresa até final de 2009, altura em que assumiu funções como deputada em regime de exclusividade.Atualmente, a empresa explora quatro empreendimentos turísticos e uma unidade de alojamento local no concelho do Sabugal, distrito da Guarda.
A visão de Catarina Martins é a de que esta atividade representa “turismo em espaço rural” e pode ajudar a fixar habitantes e a combater a desertificação em regiões do interior do país, ao contrário do alojamento local massificado e desequilibrado nas grandes cidades, que acentua o fenómeno da gentrificação, explicou ao ECO fonte oficial do partido.
Em 2008, Catarina Martins e o marido, Pedro Miguel Soares Carreira, fundaram esta sociedade com “atividades comerciais na área do turismo”, no âmbito da “exploração de empreendimentos de turismo no espaço rural”. Nessa altura, cada um detinha uma quota de 50%. Em 2009, a entrada de Catarina Martins no Parlamento, como deputada em regime de exclusividade, levou a alterações na gerência da empresa.
Pedro Carreira manteve-se como gerente e entraram dois novos sócios: Ana Maria Manso Soares e José Manuel Carreira, sogros de Catarina Martins e proprietários de “grande parte” do património explorado pela Logradouro Lda. Catarina Martins e o marido mantiveram uma “participação simbólica” no negócio. Atualmente, a coordenadora do BE tem 4% da empresa.
E que património está aqui em causa? Desde logo, a Logradouro Lda. explora uma unidade de alojamento local com capacidade para quatro pessoas, com dois quartos e duas camas. A unidade, inscrita no Registo Nacional de Estabelecimentos de Alojamento Local (RNAL), é chamada de Casa da Marzagona. No Airbnb, são cobrados 120 euros por cada noite.
O imóvel está registado como alojamento local “por ser a casa dos sogros de Catarina Martins na sua aldeia de origem e onde a família se reúne todos os anos”, explicou ao ECO fonte oficial do BE. “Nos períodos em que não é usada pelos seus proprietários, a casa é disponibilizada para turismo”, acrescentou a mesma fonte. (continuar a ler)
Sem comentários:
Enviar um comentário