sexta-feira, 1 de março de 2019

Com Este Governo Quase Nada É Para Hoje, Quase Tudo É Para Amanhã


  • O feitiço contra o feiticeiro. Centeno conseguiu controlar as contas deste Governo de esquerda com um truque simples: a maioria das medidas anunciadas foram diferidas no tempo, o que permitiu ir gastando menos e controlando a execução da despesa. Agora, os sindicatos agarraram no truque e viraram-no contra o Governo: por que não devolver as carreiras congeladas também em vários anos? Problema um: fazer isto antes de entrar um novo Governo é comprometer o futuro. Problema dois: com a economia a desacelerar, será possível repetir a fórmula?
  • As novas PPP. Sem dinheiro para hoje, o novo lema do Governo é prometer para amanhã. Em poucos dias, prometeram-se 1000 novas vagas em creches (até 2021),também 1068 lugares para auxiliares educativos (para 2020); assim como se anunciaram 1200 agentes para PSP e GNR (daqui a ano e meio estarão em funções), para não falar nas 11 500 vagas em residências universitárias, que só estarão completas quando os alunos de hoje estiverem licenciados. Bem dizia o Variações, lá nos idos anos 80: “É pr’a amanhã“. Paga quem vem depois.
  • A velha agenda de Rui Rio. O PSD acalmou, mas tem gato escondido. Num discurso este fim de semana, Rui Rio avisou que quer combater os poderes “fátuos” da comunicação social e da justiça que, diz ele, estão cada mais mais cruzados e que fazem o país parar. Ainda vamos ver que “grande reforma” quer ele para uns e para outros. Será só depois das eleições?
  • Fonte:David Dinis, ECO

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