«Para quem não fez uma reflexão séria sobre o que aconteceu em Portugal desde o Banco Português de Negócios até à implosão do BES, é catártico ir ali a correr tirar a comendazinha ao ainda comendador Berardo. Não custa, não dói e no momento é popular. Discutir o resto – o sistema que produziu um Berardo – corre o risco de ser traumático para boa parte da classe política. Mas é a única discussão que interessa.»
Ana Sá Lopes, Público
Por muito bem que Joe Berardo funcione como encarnação do mal, como já escreveu neste lugar David Pontes, o problema não é Berardo. Há um sistema e Berardo serviu-se dele, com a total complacência do poder político.
Se entrarmos numa de retirada de condecorações, a lista é longa, como lembrou na quarta-feira Rui Rio. A Armando Vara foi recentemente retirada a comenda, um processo automático porque foi condenado a prisão efectiva. Zeinal Bava, o imensamente festejado super-gestor que depois fez desaparecer a PT – e não se lembrava de nada numa recente comissão de inquérito – continua, ao que se sabe, comendador. É acusado de vários crimes no processo Marquês.
Sem comentários:
Enviar um comentário