Estranho é caminhar na densa névoa:
Solitária está cada planta ou pedra,
Nenhum arbusto enxerga o seu vizinho,
Cada um está só.
Solitária está cada planta ou pedra,
Nenhum arbusto enxerga o seu vizinho,
Cada um está só.
Cheio de amigos era, para mim, o mundo
Quando luminosa ‘inda era minha vida;
Agora, que a névoa caiu,
Ninguém mais é visível.
Não é deveras um sábio
Quando luminosa ‘inda era minha vida;
Agora, que a névoa caiu,
Ninguém mais é visível.
Não é deveras um sábio
Quem não conhece a escuridão
Que, suavemente, nos separa
De tudo inexorável
Estranho é caminhar na densa névoa:
Que, suavemente, nos separa
De tudo inexorável
Estranho é caminhar na densa névoa:
Viver é estar solitário
Entre gente que se ignora.
Todos estamos sós!
Entre gente que se ignora.
Todos estamos sós!
Hermann Hesse
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