terça-feira, 9 de julho de 2019

Teresa Ter-Minassiam, Fala De "Retrocesso" No País

Teresa liderou a missão do
FMI em Portugal em 1983
"O progresso nas reformas do lado da oferta tem sido inferior ao desejável e, em algumas áreas (por exemplo, no mercado de trabalho), até houve alguns retrocessos".

“seria desejável uma maior flexibilidade nas negociações salariais, para refletir as diferenças na produtividade e nas condições das empresas dos diferentes setores, e também seria [desejável] o aumento da concorrência em alguns setores, incluindo o dos serviços”.

"É (...)necessário facilitar a resolução [liquidação e insolvência] de empresas que não sejam economicamente viáveis e promover a inovação, sobretudo nos setores tecnológicos, nomeadamente através de melhores sinergias entre as instituições de ensino superior e a indústria."

“O Governo deveria concentrar-se na promoção de investimentos privados através de reformas tributárias e regulatórias adequadas, em vez de ‘escolher vencedores’ ou subsidiar empresas menos eficientes, incluindo empresas estatais”.

"O país “está certamente a beneficiar do hiato atualmente positivo entre a taxa de crescimento do PIB e o custo médio real da dívida pública".

"A descida significativa do rácio da dívida em relação ao PIB” e, no seu entender, “a manutenção de excedentes primários significativos num futuro previsível é essencial para assegurar a redução sustentada da dívida pública” rumo à meta europeia de 60% do PIB."

"O país pode fazer mais progressos “através de reformas fiscais favoráveis ao crescimento e à equidade".

"Que Portugal melhore a composição e eficiência dos programas de despesa pública”, “fortalecendo o desempenho das empresas públicas ou privatizando-as (ao mesmo tempo que assegurando uma concorrência e regulamentação adequadas)”, além da aposta nas reformas estruturais."

Fonte: OBSR

Nota:Teresa Ter-Minassian liderou a missão do FMI em Portugal em 1983, naquela que foi a segunda intervenção da instituição em Portugal, depois da primeira em 1977.
Naquela altura, com o desemprego acima dos 11% e uma dívida externa galopante devido à subida das taxas de juro internacionais, o FMI emprestou 750 milhões de dólares e impôs cortes nos salários da Função Pública, aumentos de preços, travão ao investimento público e cortes nos subsídios de Natal, entre outras medidas.


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