Constato, vezes sem conta, que em Portugal existe uma bem regulada inversão de valores, em que o falso, o palavroso, o corrupto e o ignorante, mas com ligações ao poder, é tratado com a deferência do cidadão privilegiado, ao contrário de muitos outros que sofrem por Portugal, mesmo que cientistas, homens de cultura e emigrantes qualificados, que são olhados de soslaio e com uma inevitável desconfiança. Porventura por serem cidadãos pensantes e com algum sentido critico, logo perigosos para os poderes em exercício.
Henrique Neto, Ji
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