quarta-feira, 13 de outubro de 2021

É Preciso Iluminar Certas Situações Obscuras De Que Não Damos Conta

Há muitas sombras que sobre nós pairam e, por vezes, é preciso iluminar certas situações obscuras de que não damos conta.

Com a autoridade que se lhe reconhece, Cavaco Silva quebrou o silêncio para explicar, em artigo no Expresso, o que cada vez mais portugueses também sentem: estamos a ir por mau caminho. Somos sistematicamente ultrapassados por países que só muito mais tarde aderiram à UE. Segundo Cavaco, o Governo socialista repete os erros de outros executivos da mesma cor. O PRR pode ser uma oportunidade perdida. Ficou escrito um alerta semelhante ao que ele lançou no início deste século. Pouco tempo depois, deu-se o colapso que todos sofremos. Pode-se não apreciar Cavaco Silva, mas não se lhe pode nunca negar a capacidade de antever o futuro, lançando uma sombra sobre o que uns acham ser um sol radioso. Foi ele que mais crescimento proporcionou ao país desde o 25 de Abril. O resto é conversa de quem não quer olhar para factos. O texto do ex-Presidente e ex-primeiro-ministro é elogioso para Passos Coelho. E há de ter sido música celestial para os ouvidos de quem contesta Rui Rio e Rodrigues dos Santos, ao falar de uma oposição débil e sem rumo, desprovida de uma estratégia consistente de denúncia dos erros. Quem se chegar à frente na disputa pela liderança do PSD tem nessa frase um vasto programa de ação. Outro aspeto focado é a ocupação de todos os espaços e lugares pelo atual poder, asfixiando a sociedade. Muitos já disseram tudo isto. Vindo de Cavaco tem outro peso e outras consequências.
Está apresentado o Orçamento do Estado. Não vale a pena perder tempo com ele. Porque vai passar, porque vai penalizar as classes médias (a migalha que pode dar no IRS confisca em taxas, taxinhas e impostos indiretos) 

Os fluxos de informação fake são múltiplos hoje em dia. Permitem infiltrar as redes sociais e expandir falsidades que passam normalmente para a comunicação social, que hoje tem poucos recursos humanos para verificação. E já se sabe que não há nada como repetir mentiras sucessivamente, até que se tornem uma verdade comummente aceite.

Há muitas sombras sobre inúmeras instituições portuguesas. A ADSE é uma delas. O mandato do Conselho Geral e de Supervisão acabou em outubro de 2020, não havendo nota de novas eleições. O Conselho Diretivo da ADSE anunciou que vai iniciar o processo de elaboração de um novo regulamento eleitoral. É um descanso. Vai dar para prolongar o processo mais uns mesitos. Pudera! A ‘‘geringonça’’ está lá em grande.

Sabemos simultaneamente muito e pouco sobre os Estados Unidos e as suas dinâmicas económicas. Não há nota, cá, de comentários sobre a circunstância de existirem nas terras do tio Sam dez milhões de vagas de trabalho por preencher. Consequentemente, há cada vez mais recurso às horas extraordinárias, o que gera esgotamentos nos que aproveitam a oportunidade para amealhar. (ler aqui texto completo)

 ( excertos do texto de Eduardo Oliveira e Silva, Ji) 

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