terça-feira, 19 de abril de 2022

A Frase (79)

 “Não é o facto de uns terem violado a carta das Nações Unidas como os EUA fizeram com a invasão do Iraque com a desculpa da intervenção humanitária, não é pelo facto de eles terem falhado que nós devemos falhar ao povo ucraniano”              (Anabela Alves, especialista em Direito Internacional, via Ji)

A invasão russa na Ucrânia continua a ser pretexto para muitas aves raras defenderem o indefensável, independentemente de haver abusos de ambas as partes. E a cegueira é tal que nem lhes ocorre que se investiguem os atropelos aos direitos humanos de ambas as partes. E a razão é muito simples: como as atrocidades dos russos são, seguramente, muito superiores às dos ucranianos, essas avantesmas dizem que não faz sentido investigar os horrores de guerra, até porque, entre outros, os EUA não aceitam que os seus soldados sejam julgados pelo Tribunal Penal Internacional - à semelhança da Rússia e China, entre outros.

Ainda ontem, Azeredo Lopes - esse guru que passou pela ERC com os resultados que se conhecem - lembrava que os EUA, a China, a Rússia e a Ucrânia não subscreveram o tratado, deduzindo-se que, então, não faça qualquer sentido julgar as atrocidades cometidas na guerra. O antigo governante dizia ainda que é pura demagogia o Presidente ucraniano convidar Macron a visitar os territórios onde supostamente foi praticado crime de genocídio. Azeredo Lopes esqueceu-se de dizer que o Presidente francês só foi convidado por ter dito que ainda não há dados que provem o crime de genocídio, ao contrário de Biden e de Boris Johnson.  (Vítor Rainho, Ji)

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