Num contexto em que a maioria dos bancos centrais nos países avançados mantêm políticas monetárias restritivas, o abrandamento da China é um fator de risco adicional para a economia global. (Inês Domingos, OBSR)Nas últimas semanas têm-se acumulado os sinais de arrefecimento na China. O dado mais significativo foi a diminuição de 0,3% do índice de preços no consumidor em julho de 2023 face a julho de 2022. Desde o início do ano que a inflação caiu a pique, apesar da abertura da economia pós-covid. Mas há outros sinais de alerta, tais como a elevada dívida das autoridades locais, ou o anúncio de que uma das maiores empresas privadas de desenvolvimento imobiliário falhou o pagamento de um empréstimo esta semana.
O principal problema de curto prazo parece estar relacionado com a fraqueza da procura interna, que poderá ser minorado se o Governo decidir apoiar mais os rendimentos das famílias.
No entanto, a economia chinesa tem outras dificuldades. Do ponto de vista das relações com o exterior, em julho as exportações e importações chinesas também diminuíram mais do que antecipado face a igual período do ano anterior, respetivamente 14,5% e 12,4%, quedas semelhantes aos piores períodos da pandemia.
Sem comentários:
Enviar um comentário