Esta falta de credibilidade e confiança agrava-se quando os eleitos adotam comportamentos de supremacia perante os eleitores. Isto é, em Portugal existe a cultura da submissão e do deslumbramento em relação aos políticos. Muitos cidadãos tendem a ver os políticos como figuras intocáveis, quase como celebridades, em vez de servidores públicos. Isso cria uma falsa sensação de supremacia dos próprios políticos fazendo com que não se sintam responsáveis perante os cidadãos, mas sim superiores a eles. É a total inversão daquilo que deve ser o escrutínio a um político, pois em vez de serem avaliados pelo seu desempenho e responsabilizados pelas suas ações, eles são protegidos por essa cultura de adoração.
Na Suécia, a transparência e a prestação de contas são fundamentais. Os políticos são responsáveis perante o parlamento e podem ser destituídos se não cumprirem com as suas promessas ou agirem de forma antiética.
domingo, 22 de outubro de 2023
A Frase (226)
Os políticos devem servir os cidadãos, não servirem-se deles - É crucial que Portugal reavalie a relação entre políticos e cidadãos. É hora de os políticos em Portugal fazerem uma vénia a cada cidadão que lhes paga o vencimento, em vez de esperarem o contrário. (Alberto Veronesi, OBSR)
Uma das principais críticas que se faz à política em Portugal é a forma como muitos políticos são colocados nas listas dos partidos ou nomeados para cargos públicos. Muitas vezes, a nomeação de políticos não é baseada no mérito, experiência ou comprometimento com o serviço público, mas sim em lealdades partidárias ou conexões pessoais. Esse modus operandi, retira credibilidade ao já pouco credível sistema político e degrada a confiança dos cidadãos nos seus representantes.
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