A tolerância deu lugar à intolerância. A intolerância dará, por sua vez, lugar à intolerância para consigo própria. Existe uma clara necessidade de balizar o aceitável sem nunca condicionar a liberdade, mas se se parte para o objeto legislativo, poderemos dar por nós a viver numa era de tolerância e liberdade, sem qualquer tolerância ou liberdade alguma.
Criando uma mera ilusão do socialmente aceite e do legalmente possível, promovendo a dado ponto o aparecimento dos “polícias do bom senso”. O que importa entender, é que faz parte. Tudo faz parte, mas nem tudo pode ou deve ser aceite, mesmo que produza os efeitos pretendidos.
O que torna tudo isto mais intrigante é a falta de coerência. Os envolvidos neste tipo de atos são, muitas vezes, os mesmos que noutros momentos metem mão ao peito, erguem a sua voz e gritam a pulmões cheios que a cultura não tem apoio e que as artes estão esquecidas.
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