Mas a aptidão e a capacidade dos políticos demagogos para ocupar cargos públicos podem e devem ser questionadas - seja nos EUA, na Inglaterra, no Brasil ou em qualquer outro lugar. Os mídias sociais permitem criar mensagens que voam, ou viralizam, em alguns círculos, ainda que façam pouco sentido para quem está de fora.
Será que os políticos estão ainda mais desonestos do que de costume, ou será que simplesmente foram presenteados com mecanismos que os ajudam a validar sua desonestidade, não apenas com o dinheiro público, mas também com a verdade?
Tem havido sérias preocupações de como a personalização na internet poderia criar "bolhas de filtragem", nas quais as pessoas só veem o que se encaixa em seus pontos de vista, sequer verificando qualquer ponderação ou ponto de vista contrário. Essa parte da população adere de bom grado não apenas às "verdades convenientes", mas também há mitos e distorções, propagados por algoritmos dos sites das redes sociais que lhes dão destaque por popularidade, não pela veracidade.
Isso poderia explicar as radicalizações e as "ondas de ódio" que, em última instância, representam a própria negação da democracia, baseada na convivência e na aceitação do outro.
DS
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