Esta história de o caso ser uma vingança da antiga procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, é de uma sacanice sem limites. Uma mulher que dirigiu o Ministério Público como ela o fez não merecia uma maldade destas. Mas, como sabemos, em política vale tudo.
Vítor Rainho, Ji
O caso de Tancos continua a fazer correr muita tinta e ninguém pode dizer com certeza quem vai ganhar com o assunto, no que diz respeito às eleições de 6 de outubro. O apoio público de José Sócrates ao ex-ministro da Defesa não é um grande cartão de visita para o PS, pois o antigo líder socialista aproveitou a polémica para vir comparar este caso com o seu. Olhando para o dele ninguém porá as mãos no lume por este. Também o regresso de Augusto Santos Silva com o seu poder de fogo não me parece grande trunfo para o seu partido.
Voltando a Tancos, não deixa de ser curioso que existam algumas pontas soltas. Por exemplo, qual a razão para um jornal espanhol ter sido o primeiro a dar a lista do material roubado e agora existir outra diferente? (...) Depois há a polémica de quem sabia e não disse ou sabia e disse.
Desconfio que nunca se irá saber toda a verdade, mas a relação entre Belém e S. Bento dificilmente será igual.
Por fim, esta história de o caso ser uma vingança da antiga procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, é de uma sacanice sem limites. Uma mulher que dirigiu o Ministério Público como ela o fez não merecia uma maldade destas. Mas, como sabemos, em política vale tudo.
(Excertos do artigo de VR no Ji)
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