Ainda pior que a convicção do não
e a incerteza do talvez
é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda,
que me entristece,
que me mata trazendo tudo que poderia
ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades
que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas ideias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.
(Sarah Westphal)
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